terça-feira, 13 de abril de 2010



Agarrar-me-ia ao mar se já não fosse Abril.
Como se tudo parasse aqui
e nenhum raciocínio fosse maior que este terraço.
Sem haver lógica nem metafísica possivel
para nos rejermos dentro na matéria mais bruta.
Mas já é Abril,
perco-me nos dias
e nas horas que se afogam na visão.
Porque o que faz sentido,
são as montanhas e o farol
O peixe, as fragatas e o sol

terça-feira, 6 de abril de 2010

ALTA, ESGUIA, CLÁSSICA


Não.
Não foste uma frase do Confúcio,
Foste uma rima de Petrarca.
E muito antes de o seres,
Já eras um quadro renascentista por descubrir,
de traços tão perfeitos e rigorosos.
Preferias que te tivesse segredado um poema,
antes de me prender à tua boca?
Ou que te tivesse trazido uma palavra doce,
antes de ter dado a volta ao teu corpo?
Do teu nome não preciso,
ainda tenho as tuas unhas cravadas na pele,
e o teu fogo acesso no meu peito.
(na foto Audrey Hepburn)

domingo, 4 de abril de 2010

Esta noite vai ser dificil para dormir, tenho o teu rosto demasiado vivo e as tuas unhas demasiado cravadas à minha pele. E podia perder-me em poesias e alongar-me em conversas sobre coisas realmente boas e importantes, mas vou-me manter em silêncio. Deixa-me ficar assim...


sexta-feira, 2 de abril de 2010

Porque o assobio do avô me veio à memória e porque, sem lhe pedir autorização, tenho andado a remexer no passado que está nas fotografias e nas palavras que ele escreveu num caderno diário a certa altura da vida.

Esta música era daquelas que se faziam ouvir ao domingo de manhã ou no carro a caminho da serra.

Cada vez sinto mais a tua falta e cada vez mais acredito que estás aqui ao pé de mim...