quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sobre as "novas cartas portuguesas" de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa...
Porque há muito tempo um livro não me deixava desarmada e ao mesmo tempo excitada de o ter em mãos.
Porque serei uma eterna amante, feminista e defensora dos direitos que, estas e outras mulheres, lutaram e defenderam como a própria vida, mesmo quando a sua liberdade estava em jogo.
Não há palavras para descrever o afecto que tenho por cada uma de vós, lutadoras da minha terra.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Guerra de Valores

Não, tu não sabes o que é a guerra.
Nunca lá foste sem uma armadura,
E quando tiveste medo, fugiste.
Enquanto, bala a bala,
os corpos se desfizeram no terreno à tua frente.

Não, tu não sabes o que é a guerra.
O que é ter um coração
atravessado nas costas,
enquanto te massacram a alma.
Não, tu não sabes o que é a guerra.
O teu corpo não tem arranhões,
nem está tatuado e a tua mente está
[intacta a qualquer ocupação militar
E essas armas que guardas,
tal trincheira plantada nos solos,
são as crianças que violas
em guerras de tijolos.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

tanto sentido...

Não sei porque se aflige tanto o mundo
se ficamos sozinhos.
Talvez ignore
que nós não somos mar de nenhuma praia,
que escolhemos poupar às falésias as cicatrizes
das ondas; e tudo para não aprendermos
o verdadeiro nome das feridas.

Maria do Rosário Pedreira


Queria amar-te em Paris, em todos os teus cantos arquitectónicos e margens do rio.
Se escrever-te é pouco menos de te ter, para quê ler as interlinhas do teu corpo?
Preparo as letras, que quero juntar, e quando ninguém estiver à espera, quando todos pensarem que o meu corpo é para velar e arder junto aos meus míseros poemas de inverno, solto-as em frases envoltas no doce ardor dos teus beijos . Somos pequenos ácaros nos lençois que nunca usamos, na cama que preparei para nós, como quem planeia um crime perfeito.
O meu foi querer-te, eróticamente, no título da minha história. E o teu foi morres-me no peito, sem me teres avisado antes para te dar um fim.

domingo, 14 de novembro de 2010

S/título S/palavras

A vida está um vazio de meter dó às notas musicais.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O melhor para se fazer numa sexta-feira à tarde é cozinhar e sonhar que um dia, talvez haja outro destino marcado para mim e alguém esteja à minha espera bem longe daqui e do inferno em que está a minha cabeça.



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Gostar de ti é um poema que não digo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

"rouba, algures, um final feliz para me oferecer"