sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Noite de Natal (para quem está longe demais)


H.
Não, desta vez não te escrevo sob a forma de um poema. A métrica gastou-se na voz de te esperar. Hoje, espero-te à mesa, calada, onde passarás a mão pelo meu cabelo antes de te sentares ao meu lado. A tua ausência ainda dói e já perdi a conta aos dias em que te não tenho. Sei que são demasiados e que ao mesmo tempo são os suficientes para te encontrar perdido nos objectos guardados sob a forma do teu nome.




F.
Hoje o meu choro prende-se no mar, no barco em que partiste na marinha imaginária do meu idílico infantil e nunca mais voltaste. Espero-te por todas as épocas festivas em que renunciei o teu amor. Não por ti, mas por Ela. Sempre me incomodou, mas cuido dela como uma flor. Prometo-te. Desculpa, as palavras hoje não fluem, estão afogadas na garganta presa dos meus olhos molhados. Por ti.

Alice Vieira



Não sei se esta será a noite mais perfeita
para criar raízes nos braços
daquele que o meu coração ama




Alice Vieira

O que dói às aves

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011



É o apelo da terra que me chama e me espreita de manhã...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011




passeios de fim-de-tarde, copos de amargura e a melodia dos dias invernosos apreciados em solidão.