sexta-feira, 17 de setembro de 2010


.cité d'amour.
Por certo dirias que "qualquer cidade é mais bela que Paris", mesmo sem o ser, mesmo sem seres Paris.
Desabotou-te cada botão da camisa-xadrez, como descubro tesouros perdidos à beira do Sena. A conotação quase pornográfica do teu olhar, esmaga cada esboço da estrutura simbiótica das torres.
A saia abre-se num movimento acordeão, para que as tuas pernas espreitem os campos que se desdobram no fim de Verão.
Tenho sonhado contigo todas as noites, Paris. E nada há mais que a tua tez suave com o toque dos meus dedos e os arcos de volta perfeita dos teus peitos quando se enconstam aos meus. És uma metáfora artística pura e um Renoir completo de cor.
Fazes-me falta, Paris, nas noites de Outono e quem podemos ser uma só, na completa contestação de já não ser uma cidade de amor.