terça-feira, 13 de setembro de 2011

NO CANTO DO COLIBRI


Se este Outono que hoje desabrocha
em minha flor-de-cacto
suspensa num arco de viela.
É o mesmo Outono que outrora,
vendeu as minhas vestes negras
do velório, para o corpo dela

Que se despolete a guerra,
se abram as infâmias e as injúrias
às amigas sazonais da traição.
Vós, a quem as espadas apontam,
Sob a ordem desta fiel escudeiro,
Pobre viúva afortunada
Dos líricos romances de invenção

Poisa colibri,
teu canto na minha estrada.
Sereis vós que terdes de defender
A alma mais nobre desta
Mui vil pecadora, ave amada.
Escutai-me,
Que a minha guerra só começa,
Onde a minha depressão acaba.