domingo, 7 de março de 2010

(fotografia de Melvin Sokolsky)


Agarrei-te na mão enquanto saías do carro e endireitavas o vestido. Sempre houve uma métrica poética qualquer entre os teus olhos e o teu sorriso rasgado quando falas em amor. Afastaste-me. Estava a remexer num passado que não nos era útil.
Desculpa estar a voltar ao assunto:
- Mas já viste que um romance nunca se pode desenvolver nas margens do Sena?
-Porquê?
-Tem uma carga demasiado forte para ser real dentro de cada um de nós.
-Mas que romance...?
A ideia era simples. O processo na tua mente é que era mais complicado.

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