A menina-cacto está sensivel e de lágrima fácil. Jura que chorou litros de lágrimas à procura da porção secreta, de alguma coisa que lhe amaciasse a alma. Está à janela desde manhã, depois de ter ouvido insultos, analisado o horário laboral pormonorizadamente, ouvido pianos que a façam chorar e comprado outra amigo cacto para passar o dia consigo. Está à janela até o sol se pôr, porque sabe que ainda vai haver alguma coisa para mudar o dia descordenado que está a ter.
"A menina-cacto..."
ResponderEliminarDe tudo o que escreveste desde aqui até a outra casa, nada me disse tanto...
Beijo carinhoso,
Nina.
"Quem sou eu, neste ergástulo das vidas
Danadamente, a soluçar de dor?!
– Trinta trilhões de células vencidas,
Nutrindo uma efeméride interior."
Augusto dos Anjos, in Eu e Outras Poesias.
Que bonito, Nina*
ResponderEliminarÉ mesmo o que estou a precisar, de uma "efeméride interior" para acariciar a alma.
Beijo,
Vanessa