terça-feira, 29 de junho de 2010


Tem um cheirinho de bossa nova e um compasso indiscreto. Os destinos de férias, os fins-de-semana planeados, os não-planeados, as odes ao Verão e ao calor que nos cola o corpo. Os amores também podem vir (aos molhos como o alecrim). Os morangos e as cerejas crescerão nas nossas terras. Vem a paz. As lágrimas de emoção, de não poder ter tudo, mas ao mesmo tempo ter tudo aquilo que me faz falta. Contemplam-se as ribeiras, as águas de Heráclito, a serra que tantas vezes me abraçou e ardeu em gestos fúnebres. Sonha-se com o avô que nasceu nessa mesma serra, com a sua pele macia e com o abraço mais emocionante dos últimos tempos (eu sei que estiveste mesmo aqui a abraçar-me enquanto dormia).

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