sexta-feira, 30 de julho de 2010


A Menina-Cacto à conta do seu feitio, ficou sozinha em pleno deserto.


Vale-lhe a água que reteve no seu corpo durante os anos em que não chorou. E tem para ela uma imensidão de areia à frente, sem que para isso seja preciso pôr os óculos, pois ninguém a virá visitar nem regar o seu sólido caule.

A MENINA-Cacto retem num só corpo as memórias de outrora, um coração feito de gengibre e os picos que teimam em ficar mais fortes e que a mantêm isolada.

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