terça-feira, 11 de janeiro de 2011



Lembras-te quando fomos beber chá branco e roibos àquele café ao pé do Trindade?Estavamos à procura de algo que nos aquecesse o corpo gelado e molhado pela chuva. Lembro-me que foi dos encontros mais importantes, falámos do que mais nos atormentava, como sempre, e de como descubrimos um caminho novo por entre as ervas daninhas que teimavam em fechar o nosso caminho. Disse-te que nunca ia sair do meu país, pecisava das pessoas que cá estavam, do amor que tinham para me dar todos os dias, do carinho e da vivacidade depressiva lisboeta. Precisava de a ter ao meu lado. Ela podia ser minha quando bebiamos muito. E isso bastava-me e alimentava-me.

Hoje já nada do que tenho me basta para me prender ao meu país, à minha cidade, ao meu rio.

E se o cosmos congitar a meu favor, irei...sem questionar o mundo, sem questionar o amor elouquente de março.

Não chores quando eu partir,

H.

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