quarta-feira, 4 de maio de 2011

À cerca de cinco anos comecei a cozinhar. Por motivos escolares tive que ir viver para longe, numa residência de raparigas. Sou neta de uma cozinheira fenomenal que ainda hoje sabe as receitas de qualquer iguaria, apesar de já não conseguir acender o fogão. Uma cozinheira típicamente portuguesa, com os enchidos e refeições bem condimentadas que o nosso povo merece. Assim que me vi sozinha fui obrigada a começar a cozinhar. Não era uma actividade que gostasse, sempre tive uma familia que o fazia por mim. Aos poucos fui conhecendo os legumes, as leguminosas e um mundo mais saudavel. Aprendi a amar a cozinha com tudo o que nela há, a admirar os seus instrumentos mais milenares e tradicionais. Aos poucos compreendia que cozinhar era uma terapia, tal como a poesia, o teatro e a fotografia.

Quando penso que o que estou a fazer neste momento (a minha profissão) não me preenche, começo a cozinhar, a preparar alimentos, a pensar no quão feliz seria se tivesse uma horta e pudesse colher os meus próprios legumes, biológicos e saudaveis como todos deveriam ser.

Foi então que conheci o IMP (Instituto Macrobiótico Português) e tomei conhecimento do curso de culinária macrobiótica. Aprender a "ouvir" os alimentos e o nosso corpo é das coisas mais bonitas. E nada faria mais sentido numa tarde/noite de terça-feira, durante cinco aulas, que ouvir o professor Marco e vê-lo a preparar "saúde" para jantar.



(primeiro dia sem carne: folhado de soja com rabanete desfiado em molho de vinagre de ameixa e courgette com gomásio, mangericão e cebolinho fresco)






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